Disabled women have 2.5 times more probability of suffering domestic violence than other women, according to the Office of National Statistics.
However, when they try to leave this situation, they have less options.
The reality is, for many disabled women, their own carers are their abusers. Those can be their partners, family, or support worker. However, in the UK, this is not considered domestic violence. Since for some disabled woman, their own carers/partners are their link to society, it is very difficult to break that link.
- Some shelters do not have BSL interpreters, which means deaf women do not have a way to comunicate. For some deaf women, their own partners were their interpreters, which means they are breaking away of their source of communication.
- Some shelters do not have the ability to receive women in wheelchairs or with others similar needs.
- Learning disabilities sometimes need communication delivered in easy read guides, which are not always available.
- Lack of access by suport workers to shelters might limit daily support
- It might be difficult to isolate women from their carers and to communicate to access abuse. In the case that their carers take them to the doctor, they might be constantly in their company.
- Lack of trained shelter workers on disabilities, specially developmental disabilties
- Lack of Call lines options for deaf and hard of hearing
- The lack of sensory aware shelters might lead autistic women to not being able to actually live in one, due to sensory overwhelm.
This is obviously not faults of the shelters, who are incredibly underfunded and do miracles to support all women, but it is important to mention this lack of access so shelters are funded properly, and no woman is left behind.
There are some ableism involved in this too:
- Sometimes we are made to believe that the carer is giving a lot for our care, and no one else would want to have a relationship in those conditions, so we should be “grateful”
- Learning disabilities or Autism might lead people to not believe the woman, due to preconceived ideas of their cognitive abilities.
- The lack of eye contact in Autism might lead to police think the woman is hiding something, or not being thrutful.
- Not “believable witnesses” by the police
- Carers always present, not leaving space for women to report them
There are several forms of other violence against women, and I will make a post about it soon.
The reality is, for many disabled women, their own carers are their abusers. Those can be their partners, family or support workers. However, in the UK, this is not considered domestic violence. Since for some disabled women, their own carers/partners are their link to society, it is very difficult to break that link, without exposing disabled women to other risk.
We need more disabled women in survivors’s organizations, shelters and politics. We need to fund properly shelters and domestic violence support organization.
If we are more exposed to violence, we are deserving of the same access.
If you feel in danger please contact: https://www.refuge.org.uk/
Violência doméstica e mulheres com deficiência
Mulheres com deficiência têm 2,5 vezes mais probabilidade de sofrer violência doméstica do que outras mulheres, de acordo com o ONE do Reino Unido.
Porém, quando tentam sair dessa situação, têm menos opções.
A realidade é que, para muitas mulheres com deficiência, os seus próprios cuidadores são os agressores. Esses podem ser seus parceiros, família ou trabalhador de apoio. Visto que, para algumas mulheres com deficiência, seus próprios cuidadores/parceiros são o seu elo com a sociedade (por exemplo interpretes), é muito difícil romper esse vínculo.
- Alguns abrigos não têm intérpretes LGP, o que significa que as mulheres surdas não têm uma forma de se comunicar. Para algumas, os próprios parceiros eram seus intérpretes, o que significa que estão rompendo com sua fonte de comunicação.
- Alguns abrigos não têm capacidade para receber mulheres em cadeiras de rodas ou com outras necessidades semelhantes.
- As deficiencias intelectuais às vezes precisam de comunicação fornecida em guias de leitura fácil, que nem sempre estão disponíveis.
- A falta de acesso dos trabalhadores de apoio aos abrigos pode limitar o apoio diário
- Pode ser difícil isolar as mulheres de seus cuidadores, visto que estes podem estar constantemente na sua presenca, por isso é importante criar espacos seguros para isolar e conversar com mulheres.
- Falta de trabalhadores de abrigos treinados sobre deficiências, especialmente deficiências de desenvolvimento
- Falta de opções de linhas de chamada para surdos e deficientes auditivos
- A falta de abrigos com consciência sensorial pode levar mulheres autistas a não serem capazes de realmente viver em um, devido à sobrecarga sensorial.
Isso obviamente não é culpa dos abrigos, que são incrivelmente subfinanciados e fazem milagres para apoiar todas as mulheres, mas é importante mencionar essa falta de acesso para que os abrigos sejam financiados adequadamente e nenhuma mulher seja deixada para trás.
Existem algumc capacitismo envolvido nisto também:
- Às vezes somos levados a acreditar que o cuidador está a sacrificar muito pelo nosso cuidado e ninguém mais gostaria de ter um relacionamento nessas condições, então devemos ser “gratas”
- Dificuldades intelectuais ou autismo podem levar as pessoas a não acreditarem na mulher, devido a ideias pré-concebidas de suas habilidades cognitivas.
- A falta de contato visual no autismo pode fazer com que a polícia pense que a mulher está a esconder algo.
- Não são “testemunhas credíveis” da polícia
- Cuidadores sempre presentes por pensarem que a mulher não tem capacidade de decidir sozinha, não deixando espaço para as mulheres denunciá-los
Existem várias outras formas de violência contra a mulher, e farei um post sobre isso em breve.
Precisamos de mais mulheres com deficiência nas organizações de sobreviventes, abrigos e política. Precisamos financiar adequadamente abrigos e organizações de apoio à violência doméstica.
Se estivermos mais expostos à violência, merecemos o mesmo acesso.
Se sofre violencia domestica ou conhece alguem, poderá contactar a APAV:
• Pela Linha de Apoio à Vítima – 116 006 | chamada gratuita | dias úteis das 09h às 21h;
• Através de qualquer Gabinete de Apoio à Vítima da APAV (contactos em https://apav.pt/apav_v3/index.php/pt/contactos).
Para as vítimas de crime e violência com deficiência auditiva, a APAV disponibiliza também o Serviço de Vídeo Intérprete de Língua Gestual Portuguesa – Serviin, ampliando a sua disponibilização na rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima, na Linha de Apoio à Vítima – 116 006 e nos demais serviços de proximidade.